quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

2011 - Ano ímpar

Gosto dos números ímpares. Sempre gostei e sempre acreditei mais neles, por isso quero acreditar que 2011 vai ser um bom ano.
A minha contagem decrescente já começou, aliás, começou há muito. Este é o tempo de reflexão, de balanços, de pesar os acontecimentos passados, ponderar o presente e tomar resoluções para o futuro. Não me refiro àquelas do tipo "Em 2011 vou deixar de fumar!", não, essas caem sempre no esquecimento, refiro-me àquelas decisões interiores profundas, aquelas que nem conseguimos verbalizar, aquelas que quando são ditas não há retorno... e há tantas que ganham forma...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Rescaldo

Ora, como a S. já está melhor (apesar da tosse ter voltado ontem em grande estilo), a I. está com febre desde ontem e hoje o papá foi para a Urgência Básica igualmente com febre, arrepios de frio, etc, etc, etc.
Isto está bom, está.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Da falta de civismo


Todos os anos é a mesma coisa, as pessoas borrifam-se, querem livrar-se do lixo que têm em suas casas - os despojos da noite de Natal - e zás, toca a pôr os sacos de qualquer maneira nos contentores que transbordam e transbordam e transbordam. São autênticas instalações de arte que vemos nas nossas ruas por esta altura. É digno de se ver, sem dúvida nenhuma.

O meu lixo? Está cá em casa - sacos de lixo, caixotes, papel de embrulho, mais caixotes, mais papel de embrulho, etc, etc, etc.
Quando é que me livro desta lixarada toda? Quando os contentores estiverem vazios.
Se gosto de ter a casa cheia de lixo? Não, mas o que é que se pode fazer? Não vou compactuar com a falta de civismo.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Num minuto

Há momentos em que a viúva se abate sobre mim. Hoje foi um desses dias. Quando a morte chega antes de tempo e revemos num minuto o que vivemos a dor volta e fica tudo presente outra vez.

Serra

(A propósito de uma situação similar numa reunião tida hoje.)



O mundo ao contrário

Parece-me que as minhas feijocas estão com um problema grave! Pelos vistos, gostam as duas de ver o mundo ao contrário, a S. adora ver os livros ao contrário e a I. gosta de tentar fazer o pino (põe a cabeça virada para baixo e o rabo para o ar e ri-se imenso!!!).
Só para elas aqui fica a música dos Xutos e Pontapés dedicada a esta particularidade.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lições de vida

Dezembro 23, 2010 por Fundação José Saramago

A educação preocupa-me muitíssimo, sobretudo porque é um problema muito evidente, claro e transparente e ninguém faz nada a este respeito. Confundiu-se a instrução com a educação durante muitos anos e agora estamos a pagar as consequências. Instruir é transmitir dados e conhecimentos. Educar é outra coisa, é transmitir valores [...] Há décadas, o que havia era um Ministério da Instrução Pública, não da Educação. A educação era outra coisa. Se para ser educado tivesse que ter sido instruído previamente, eu seria uma das criatura mais ignorantes do mundo. Os meus familiares eram analfabetos, como me iriam instruir? É impossível. Mas sim, educaram-me, sim, transmitiram-me os valores básicos e fundamentais. Vivia numa casa paupérrima e saí dali educado. Milagre? Não, não há nenhum milagre. Aprendi a vida e a lição dos mais velhos quando nem eles mesmos sabiam que me estavam a dar lições.

“Vivimos en una sociedad que carece de educación”, Canarias 7, Las Palmas de Gran Canaria, 4 de Fevereiro de 2007
In José Saramago nas Suas Palavras

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mais uma ida ao hospital

"Estou em crer" (ainda não decidi se gosto ou não desta expressão) que as miúdas gostam do passeio até ao hospital, afinal, semana sim, semana sim vou lá com uma. É uma maravilha. E hoje ainda ouvi um ralhete da médica que achou que eu devia ter feito aerossóis à miúda com Ventilan e eu não fiz porque me parece que não sou médica e não tenho nada que automedicar as minhas filhas!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Mais medo, muito medo!

E não é que ontem à noite eles acabaram e hoje uma colega minha decidiu presentear-me com uma caixinha linda?
Resultado, às 10h da manhã comi o meu primeiro Raffaello do dia! (... e por esta hora já perdi a conta aos que comi!)

Natal Digital

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Medo, muito medo


Os Raffaello chegaram cá a casa!
Medo, muito medo...

...

... depois há dias em que o coração bate e sabemos que no alto há comunicação e que se tudo correr bem ela se materializará...
... depois o telefone toca e não conseguimos atender, mas sabemos que é importante e mesmo sem conhecermos a origem, respondemos de volta...
... depois ouvimos e temos a certeza de que há coisas que nos transcendem, que sempre existiram e que permanecerão...

Joana Cato

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

...


Há vinte anos que este dia é sempre lembrado. Há vinte anos que a voz tenta fazer-se ouvir. Há vinte anos que existes, que pairas sempre no ar. Há vinte anos de paralelas, intersecções, cruzamentos, perpendiculares, rotundas, distância, kilómetros, proximidade. Há vinte anos de revelações. Há vinte anos de silêncios.
Joana Cato

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A arder

Durante todo o dia, o mínimo que a minha I. teve foi 37,9º. Nem o Brufen está a fazer efeito. Ora está a arder e tenho que a despir, ora está a tremer de frio, com as mãos e pés gelados e a boca roxa, e tenho que a aquecer. Hoje chegou aos 40,2º.
Isto é horrível.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Florbela Espanca (1894-1930)


Versos de orgulho

O mundo quer-me mal porque ninguém
Tem asas como eu tenho! Porque Deus
Me fez nascer Princesa entre plebeus
Numa torre de orgulho e de desdém.

Porque o meu Reino fica para além ...
Porque trago no olhar os vastos céus
E os oiros e clarões são todos meus!
Porque eu sou Eu e porque Eu sou Alguém!

O mundo? O que é o mundo, ó meu Amor?
O jardim dos meus versos todo em flor ...
A seara dos teus beijos, pão bendito ...

Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços ...
São os teus braços dentro dos meus braços,
Via Láctea fechando o Infinito.

Florbela Espanca


Hoje é um dia especial. Faz 116 anos do seu nascimento e 80 da sua morte. Até na morte ela soube fazer bem.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

1 mês

Só para dizer que as minhas feijocas há um mês que não faltam ao infantário! Ainda nem acredito! (Sim, mas entretanto existiram umas constipações e febres à noite e uma otite, para variar).

Notinha sem a mínima importância - A minha S. hoje levou com uma dentada na cara que até dói! Ossos do ofício, quem é que a manda andar sempre onde há confusão e meter-se com todos?! Neste momento é apelidada de "desafiadora" pelas auxiliares e educadora. Está bonito, está, não haja dúvida. Ai Deus, dai-me forças!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

D.E.X.T.E.R.

Vi-te no rosto daquele que não via há vinte anos.
Vi todos os momentos, todas as conversas, todas as loucuras, todas as partilhas.
Vi a tua cara riscada com caneta após o regresso no primeiro comboio da manhã.
Vi todos os copos que bebemos, todas as celebrações e promessas que fizemos.
Vi-te sentado no chão do meu quarto a chorar, a sofrer, a rir, a viver.
E tive saudades desses tempos.
E tenho saudades desses tempos.
Onde te perdeste?
Onde nos perdemos?
Ligo o rádio. Ouço The Cure. Nada mais apropriado. Nada mais nosso naquele tempo.
Should I stay or should I go surge a seguir, mais uma no rol daquelas que dançávamos freneticamente na nossa incógnita existência.

Um dia voltar-nos-emos a cruzar, meu irmão-de-outrora.

?

Sinto-me traidora de mim mesma. Traidora daquilo que aconselho, do que defendo, do que professo. Traidora por não ter coragem, por não conseguir ir mais além, por permanecer. Depois penso que talvez seja exigente de mais... mas imediatamente vejo que o problema foi e é a condescendência passada. Páro, escuto o coração e ele não se manifesta, persiste em estar calado às minhas súplicas e eu vou ficando.



Até quando?











A iminência do fim é inevitável.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

E hoje, não podia faltar


Quero, terei –
Se não aqui,
Noutro lugar que inda não sei.
Nada perdi.
Tudo serei…


Fernando Pessoa

A crise e as luzes de Natal


Acho piada. É. Acho piada.
Ah e tal estamos em crise, temos que fazer cortes orçamentais e mais isto e mais aquilo, mas as luzes de Natal já estão por aí, aliás, estão por todo o lado. Pelos vistos as autarquias nem por isso estão a fazer cortes nos balúrdios que gastam nas luzes de Natal. E são balúrdios mesmo!
Acho piada. É. Acho piada.

sábado, 27 de novembro de 2010

Compras de natal

A crise instalou-se cá por estas bandas, portanto as prendas de Natal deste ano vão ser produções caseiras. Amigos e familiares preparem-se para engordar um bocadinho e não ter prendas compradas em lojas.
Tenho dito.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desde há 15 meses

que o meu primeiro nome passou a ser mãe.
que as minhas noites passaram a ser conturbadas.
que as preocupações triplicaram.
que um sorriso faz esquecer tudo.
que a música passou a ser literalmente outra.
que os meus ouvidos se tornaram tísicos.
que a minha vida mudou radicalmente.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Da exigência

A exigência é inimiga da condescendência.
A exigência é objectiva e inimiga do vago.
A exigência é explícita e inimiga do implícito.
Quando nos pedem exigência não podemos a seguir tentar descortinar qual o pensamento ou afirmação que se esconde por detrás de um emaranhado de palavras. A clareza destas tem que ser evidente, tem que saltar do texto, tem que responder à questão sem a mínima hipótese de dúvida.
Quando damos demasiada voz àqueles que deviam murmurar apenas, a exigência torna-se teórica, ilusória, utópica.



Nota - Tinha uma colega que dizia "Quanto mais nos baixamos, mais se nos vê o rabo.". Tinha tanta razão, aliás como em tanta coisa tinha razão. Se não soubermos recuar já, entramos num caminho tão tortuoso e enganador que quando chegarmos ao fim estaremos no fundo do abismo sem hipótese de regressar ao topo.

sábado, 20 de novembro de 2010

2 semanas - record

Pois que as feijocas aguentaram-se 2 semanas no infantário!
É verdade que na 4ª-feira da primeira semana fui chamada porque a I estava com febre, mas miraculosamente passou.
Esta semana... bem, na verdade, desde 4ª-feira que ando à espera que a S tenha febre e, como tenho poderes adivinhatórios, estabeleci como limite 6ª -feira ou sábado e hoje a senhora febre bateu-nos à porta.
Parece-me que estamos mais uma vez com bronquiolite. Amanhã vou ao Hospital, ai vou, vou.


Nota de muita importância - a S já anda! Parece um robot ou um pinguim, mas anda!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sufoco


Não consigo estar ali dentro. As conversas. As posturas. Os ares. Os sofás-de-sala-de-espera-de-consultório. Os-livros-laranja. As gavetas. As pessoas. Os risos. Os sorrisos. O passar a perna. O traçar de perna. Os computadores. A tralha em cima das mesas. O placard cheio. As palavras-soltas-ouvidas. O corte. A costura. O murmúrio surdo. O comentário para o lado. A pressa. A lentidão. O mostrar-se. O julgamento. Os olhares. Os pensamentos.
E em mim tudo grita por socorro.
E em mim tudo se cala porque tem-que-se-ser.
E em mim tudo cansa, tudo passa, ficando.
Eu só queria ser invisível.
Eu só queria sair daqui.
E o que faço - NADA.
Quem tem culpa - EU.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Diz Padre António Vieira

"... ou é porque o sal não salga, e os Pregadores dizem uma coisa e fazem outra..." "Não é tudo isto verdade? Ainda mal."

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Parabéns, Saramago.


Nasci numa família de camponeses sem terra, em Azinhaga, uma pequena povoação situada na província do Ribatejo, na margem direita do rio Almonda, a uns cem quilómetros a nordeste de Lisboa. Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da Piedade. José de Sousa teria sido também o meu nome se o funcionário do Registo Civil, por sua própria iniciativa, não lhe tivesse acrescentado a alcunha por que a família de meu pai era conhecida na aldeia: Saramago. (Cabe esclarecer que saramago é uma planta herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, em épocas de carência, serviam como alimento na cozinha dos pobres). Só aos sete anos, quando tive de apresentar na escola primária um documento de identificação, é que se veio a saber que o meu nome completo era José de Sousa Saramago…

Fui bom aluno na escola primária: na segunda classe já escrevia sem erros de ortografia, e a terceira e quarta classes foram feitas em um só ano. Transitei depois para o liceu, onde permaneci dois anos, com notas excelentes no primeiro, bastante menos boas no segundo, mas estimado por colegas e professores, ao ponto de ser eleito (tinha então 12 anos…) tesoureiro da associação académica… Entretanto, meus pais haviam chegado à conclusão de que, por falta de meios, não poderiam continuar a manter-me no liceu. A única alternativa que se apresentava seria entrar para uma escola de ensino profissional, e assim se fez: durante cinco anos aprendi o ofício de serralheiro mecânico.

Mais tarde, a Biblioteca Municipal das Galveias foi a minha Universidade.

José Saramago

Tenho vontade de assassinar saudades de...

... ir até à praia e ficar a olhar o mar no silêncio do fim de tarde.
... beber um copo com os amigos e ter conversas boas.
... rir como se não houvesse amanhã.
... encarnar uma personagem diferente.
... dar e receber.
... ler um bom livro e respirar com ele.
... andar sem malas, malinhas e maletas.
... olhar para o vago sem pensar nada.
... dormir uma noite seguida sem sobressaltos.
... esquecer que o termómetro existe.
... ter um dia para mim, sem nada nem ninguém.
... descansar.
... sentar-me no sofá a ver televisão, um filme, a publicidade, o que for... eu até nem gosto disto, mas até disto tenho saudades.
... ti, e de ti, e de ti.
... mim.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mais uma do Mestre

Talvez isto é que seja o destino, sabermos o que vai acontecer, sabermos que não há nada que o possa evitar, e ficarmos quietos, olhando, como puros observadores do espectáculo do mundo.

In O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago, Ed. Caminho, 14.ª ed., p. 396

Pelos vistos sou rica!

Depois disto, a digníssima Segurança Social concluiu que eu sou rica, por isso, "Não levas mais abono de família que não precisas!". Então está bem.

... mas já agora, será que a digníssima Segurança Social me pode dizer onde é que está a minha riqueza? É que me dava algum jeito, sim, dava, ai dava, dava. Agradecida.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Começou o drama


Começou a chuva e com ela o drama! Levar as feijocas à chuva da escada para o carro e do carro para o infantário não é uma coisa bonita, não é não!

sábado, 6 de novembro de 2010

Frescas e boas


As feijocas foram ao infantário 4ª, 5ª e 6ª feira e aparentemente está tudo bem! Pode ser que elas me dêem descanso durante pelo menos uma semanita.

domingo, 31 de outubro de 2010

Num minuto de pausa

estou aqui para dizer que as doenças continuam. Já fomos duas vezes ao hospital, sendo que na segunda a minha I não tinha os níveis de oxigénio a 100%, passámos lá horas (juntamente com outros meninos que teriam sei lá que outras doenças) à mercê dos viruzinhos e bacteriazinhas que por lá moram. Ontem estive para voltar, mas, só para contrariar a miúda já não teve febre, portanto fiquei por casa esperançosa de que hoje tudo esteja bem. Vou agora fazer-lhe mais aerossóis (a cachopa já nem pode ver a máquina, nem soro fisiológico, nem aspirador nasal, nem nada). E isto tem sido um corre-corre desenfreado. Estou farta de otites, princípios de pneumonia, viroses, bronquiolites e coisas do género.


Nota - Testes e doenças não combinam, não combinam mesmo nada!


Este é o meu estado!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

É tão engraçado...


... ver que as ideias que propusemos há uns anos não vingaram, porque fomos nós que as defendemos, e agora vemos as folhinhas em prática porque foram defendidas não sei por quem, mas por alguém da elite, com toda a certeza.
Gosto, gosto muito.
O Marcelo Rebelo de Sousa é que noutro dia dizia "Ter razão antes de tempo é não ter razão.". E ficamos assim.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Declaração

Eu não entro nesse jogo. Se queres ir por aí, vais sozinha. Não pago com a mesma moeda. Eu não trabalho assim. Nas costas dos outros devemos ver as nossas. Já te tinha visto agir assim em relação aos outros, hoje foi comigo. É assim.

domingo, 24 de outubro de 2010

Adivinha...

Quando uma está doente... a outra também fica doente... "certinho, limpinho"!

Já estão as duas com a maldita bronquiolite.

Isto é uma maravilha, é sempre a dobrar!

sábado, 23 de outubro de 2010

Novo diagnóstico

Hoje fui para o Centro de Saúde com a S.
Bronquiolite.

A saga continua!

Nota: Mandei SMS à pediatra às 8h30 da manhã... ainda estou à espera da resposta!
Já disse aqui mil vezes mal do Serviço Nacional de Saúde, mas hoje senti que estava a ser atendida com cuidado e preocupação. Cá para mim ainda deixo de ir à pediatra e passo a ir ao Centro de Saúde.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Chamada de emergência

O telefone tocou e do outro lado a voz "A S. está com febre e vomitou."!
Lá vamos nós outra vez...
Esta semana só foi 3 dias ao "infectário", 3!

Confesso, estou cansada... e isto é só o início!

sábado, 16 de outubro de 2010

Há caminhos que não têm retorno.

Diagnóstico

Virose.
Adoro! Adoro estes nomes que não dizem nada.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

39,9º de febre

Sentei-me agora aqui em frente do computador, mas o meu coração está lá, no quarto das miúdas. Não desejo nada disto a ninguém. Hoje a minha I continuou com febre e sempre na casa dos 39º. Quando cheguei a casa tinham passado apenas 3 horas de ela ter tomado Ben-u-ron e a miúda já tinha 38,4º. Decidi dar-lhe um banho com água tépida, afinal é uma das técnicas que aparece em vários livros de pediatria. Quando terminou o banho, a minha filhota começou a tremer, a ficar com pele de galinha, lábios a fugir para o roxo e a chorar descomunalmente. Só acalmava se eu a abraçasse. Éramos duas a tremer. Toda eu tremi por não saber o que fazer. Estava sozinha em casa, continuo sozinha em casa. Telefonei para a saúde 24, onde me aconselharam a ir ao Centro de Saúde. Chamei a minha mãe, para que ela pudesse ficar com a S que também estava com febre (aliás chamaram-me do infantário porque ela estava com febre e disseram-me que provavelmente estaria com nova otite, já que se tinha queixado do ouvido, resultado fui a correr para a pediatra, fui atendida pelo médico que não gosto - "Está tudo bem, para já não tem nada" - o costume e dá cá 50 €). Entretanto já tinham passado as 4 horas e dei à I outra dose de Ben-uron. A febre não baixou, aliás subiu até aos 39,9º. Fui com ela a arder em febre para o Centro de Saúde. Cheguei lá às 19h30, pensando que seria logo atendida, já que a saúde 24 iria mandar um fax a explicar a situação. Tive que esperar até às 19h45 para me darem uma senha, número 9, e até às 20h para fazer a inscrição. Não, não tive prioridade por ter sido mandada pela Saúde 24. Fui atendida às 20h30, graças a Deus pelo meu Anjinho da Guarda, a minha médica de família. Não há explicação para esta febre alta, ela tem apenas a garganta inflamada, mas sem bolinhas brancas. Fez agora 4 horas desde a última dose de Ben-uron. A febre já vai em 38,1º. Dei-lhe, agora mesmo, nova dose. Estou com o apertado-coração nas mãos. Assustei-me tanto quando ela ficou a tremer. A minha pequenina. Tão indefesa. Tão frágil. Quase sempre com um sorriso.

Não, não estou preparada para isto.
Sim, eu sei que tudo isto é normal e que ter filhos é isto mesmo.
Mas não, não suporto ver-me de mãos atadas sem saber o que fazer e vê-las sofrer.
E sim, eu sei que essa é a "tarefa" de mãe.

Vim aqui como terapia, para ver se me acalmo, se sossego um pouco.
O trabalho está a acumular. A força anímica está a falhar. Mas sempre como se nada se passasse. Sempre super. Sempre eu. Até um dia.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Kilos e centímetros (IX)


Sem saber bem como (ou talvez saiba) durante estas duas últimas semanas perdi 2 kilos! Estupefacta! Não, não fiz nenhuma loucura alimentar, apenas é a vida (embora nunca tal me tenha acontecido!).
No total já lá vão uns 15 kilitos! IUPI!

Febre e afins

Depois de 4 dias de descanso a febre voltou a assolar a minha I! Amanhã lá terá que ficar em casa novamente. Ai a minha vida!!!
A S tem um molar a nascer e uma candidíase, esta última fruto talvez dos dentes ou do antibiótico que esteve a fazer até sábado.

Isto está mesmo bom, mesmo bom!


P.S. - Embora perceba a situação pessoal da pediatra das minhas feijocas, estou a ficar cada vez mais triste com ela. Ontem por volta das 20h mandei-lhe uma mensagem por causa da candidíase da S (ela não permite telefonemas, só responde por mensagem) e só obtive resposta hoje por volta das 20h. Acho muito tempo (apesar de ter sido a vez em que ela me respondeu mais rapidamente! Fantástico! Das outras vezes ou o telemóvel tinha ficado na clínica durante o fim de semana, ou tinha acontecido um problema com o recebimento das mensagens, enfim...). Estou triste.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

E agora

estão as duas com febre!

Acho que me vai dar um ataque. Por que é que os miúdos têm que ficar doentes? Por que é que nunca sabemos efectivamente o que é que eles têm? Porquê?

É que depois é tudo a dobrar!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Otite e afins


Há duas semanas que as feijocas não estão muito famosas, bem na verdade não são as feijocas, é a feijoca S. Depois deste episódio, que obrigou as minhas meninas a ficarem em casa durante uma semana, as princesas voltaram ao infantário, mas a partir de 5ª-feira a S. começou novamente a tossir muito e a estar muito ranhosa, resultado, esta 2ª-feira voltei ao pediatra.
Diagnóstico - Otites, a inflamação está toda do pescoço para cima, a auscultação está boa!
Solução - Mais uma semana em casa para ver se fica a 100%.
Questão - Será que vai ser sempre assim? Uma semana no "infectário", uma semana em casa, and so on, and so on?

domingo, 3 de outubro de 2010

Já tinha saudades...


de usar botas (não há calçado de que goste mais), mas não tinha saudades nenhumas da chuva!

sábado, 2 de outubro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

De volta ao 10ºano


Quando andava no 10ºano tinha uma colega que nunca fazia o TPC de Português e antes da aula perguntava-me se eu o tinha feito. Sim, eu tinha feito, aliás, fazia sempre e ela lá me pedia sempre o TPC e copiava-o, alterando uma ou outra palavra, ou nem isso. Na aula ela queria sempre ler o "seu" TPC e o professor ficava sempre com boa impressão da aluna que se mostrava aplicada e cumpridora. Eu raramente lia o meu TPC, aliás, depois dela ler seria complicado eu ler o meu, não é verdade, afinal, estaria igual, por isso ela adiantava-se sempre.
Hoje, voltei ao 10ºano. Eu, como sempre, fiz o TPC, e ela copiou-o. As personagens são exactamente as mesmas e eu continuo a ser a estúpida de sempre.
Tenho uma amiga que diz "Tu carregas os fardos de todas as pessoas!"... pois, é sempre o mesmo padrão... em tantas coisas da minha vida, é sempre o mesmo padrão... e não consigo cortar estas amarras e mandá-los... é sempre, sempre, sempre a mesma coisa!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Obesidade infantil


Tenho um aluno com uns doze anos que não consegue abotoar os atacadores dos ténis porque, por ser obeso, não se consegue baixar. Hoje vi em grande plano esta imagem - ele a colocar o pé em cima de um banco e a ter uma dificuldade incrível para conseguir chegar aos atacadores, e depois deste esforço inglório, a verdade, é que os atacadores continuaram mal apertados, porque ele não conseguiu fazer melhor.
Isto é assustador. Tenho tanto medo disto, pelas minhas filhas, pelo meu sobrinho, por mim, por todos aqueles que têm maus hábitos ou desordens alimentares e não conseguem combater isso. Porque é duro, é mesmo duro fechar a boca quando a tendência e o hábito nos conduzem a outros caminhos.
E por que razão continuam a fabricar/produzir "porcarias-alimentares-destinadas-às-crianças-e-jovens"? Será que não poderia haver uma sensibilização e preocupação global acerca deste assunto? É a saúde e futuro destas crianças que está em jogo.

Há pessoas


Há pessoas que nos acompanham durante anos e anos e que parece que não nos conhecem nunca. Pior do que isso, é acharem que nos conhecem muito bem e julgam-nos e acham que conhecem os nossos pensamentos, sentimentos, emoções e cada afirmação que fazem é completamente ao lado do que é a realidade.

Há pessoas que viveram connosco momentos cruciais, mas que agora não representam nada, ou representam aquilo que nós abominamos, mas somos incapazes de romper com os laços que nos ligam pelo passado que nos uniu.

Há pessoas que deixam de nos dizer algo, porque os caminhos tomaram diferentes rumos, porque crescemos e as diferenças de outrora se tornaram abissais no presente.

Todas as pessoas têm funções na nossa vida. Mas há objectivos que se cumprem e outros não e quando tal acontece a permanência dessas pessoas na nossa vida pode ser algo destrutivo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Prova de recursos


Esta última invenção do Estado português serve exclusivamente para saber o dinheiro que temos nas contas bancárias a fim de aniquilarem o abono de família.
Estou furiosa! Aqueles que sempre fugiram ou contornaram o sistema continuarão a fazê-lo e o Zé Povinho é que vai continuar a pagar a factura. Sinto-me devassada. Andei anos e anos a poupar uns trocos e a colocá-los numa conta bancária diferente para me esquecer que esse dinheiro existia, agora com as informações que tive que prestar vão tirar conclusões precipitadas e de certeza que vou ficar sem o mísero abono de família (sim, é mísero, mas, sim, quero-o, porque preciso dele, porque serve para, pelo menos, comprar um pacote XL de fraldas, porque não são só os coitadinhos-do-rendimento-mínimo que precisam de uma ajuda, porque me mato a trabalhar e o dinheiro não chega, porque o sistema de saúde é tão bom que se quero que as minhas feijocas sejam acompanhadas por uma pediatra tenho que pagar a peso de ouro essas consultas, já que no centro de saúde não há pediatras, porque pago todos os impostos e afins, bolas, bolas e bolas).

Esta prova de recursos também serve para as pessoas não a fazerem e o Estado arrecadar o abono de família que estava destinado a essas famílias. Ainda há iletrados em Portugal, ainda há pessoas que não têm internet, o documento não é de fácil preenchimento e é fácil errar e qualquer erro custa, apenas, a suspensão de qualquer subsídio durante dois anos. Preciso dizer mais alguma coisa?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Andar

Hoje a minha S deu uns passinhos, sozinha, fora do parque!


Qualquer dia já está a correr pela casa toda a tirar os livros e afins do lugar! Ui! Medo, muito medo!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

E hoje estou assim



domingo, 19 de setembro de 2010

.

... há já uns tempos que os olhos vão escurecendo, escurecendo, escurecendo... um dia, que não deve estar longe, será noite. Ponto. Final.

sábado, 18 de setembro de 2010

A febre não é tudo!


A minha I tem andado com febre desde 4ªfeira e a S com tosse que se tornou cavernosa também na 4ªfeira.
Diagnóstico feito pela mãezinha delas - Ai meu Deus, o que é que a I tem? Se a febre continuar tenho que ir à pediatra. A S está constipada, isto com o xarope passa, ela não tem febre nem nada!

Hoje fui à pediatra.
Diagnóstico da médica - A I tem uma constipaçãozita, mas nada de preocupante, aliás os brônquios e ouvidos estão óptimos. A S tem uma otite e um princípio de pneumonia. Se não atacar já e como estão os brônquios dela, isto transforma-se numa pneumonia a sério.

Lição - a febre não é tudo! Uma criança pode não ter febre e estar bastante doente!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ementa


Hoje olhei com mais atenção para o placard da ementa semanal lá do infantário (cá por coisas, não é verdade?) e constatei que afinal tenho andado a ler a ementa errada, portanto tenho andado numa ignorância nada saudável. Afinal, a ementa que eu tenho que consultar é a que diz sala dos 1 e 2 anos e não a do berçário (esta confusão deve-se ao facto das princesas estarem na sala anexa ao berçário e da educadora cuidar deste e da sala de 1 ano).
Hoje, o lanche das feijocas foi pápa/ leite com chocolate e pão com doce!? Desculpa? Li bem? Será que há alguma coisa que me está a escapar? Na listinha da pediatra diz assim "até aos dois anos comida sem sal, pouco açúcar, etc", leite com chocolate e pão com doce? "Pouco açúcar"? Será que eu sou a única que lê aquilo que os filhos comem e que se preocupa com isso? Será que a alegria de vê-los comer supera a qualidade daquilo que comem?
Cá por razões minhas, gostaria de não ser a única a questionar a alimentação lá no estaminé! Ou será que sou eu que estou a fazer uma cavalo de batalha em relação a este assunto?

Luz - precisa-se!

P.S. - Quero acreditar que elas comeram apenas e só a pápa, já que surge uma barra entre "pápa" e "leite com chocolate e pão com doce", mas os miúdos de 2 anos devem ter comido a segunda opção, certo?

Quando o elevador pára ou não abre a porta...


... e nós estamos com uma mochila às costas, bem pesada por sinal, uma mala a tiracolo, duas bebés ao colo, cheios de pressa e temos que sair ou entrar noutro andar que não o rés-do-chão, a vida torna-se um pouquinho mais complicada!
Desta vez tive apenas que subir pelas escadas até ao primeiro andar (isto num dia e no outro tive que descer do primeiro andar até ao rés-do-chão), mas no dia em que tiver que subir nestas condições até ao meu andar, acho que acampo no hall do prédio e não saiu de lá!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quando não sabemos separar as águas...


Tenho andado a adiar um tira-teimas importante lá no infantário, tudo porque noutro dia disse, de uma forma subtil, que não deviam ter dado tomate às feijocas, já que esse alimento ainda não foi introduzido e que a Pediatra tinha ido aos arames quando lhe contei, sugerindo-me, inclusivamente, que processasse a instituição! Como a minha advertência não foi muito bem recebida, eu tentei controlar-me e não questionei mais nada... mas hoje não me aguentei!
Não acho normal que as miúdas tenham sempre aceite de bom grado a comida que lhes dou e que após a sua entrada no infantário tenham começado a torcer o nariz, ora comecei a pensar, a pensar, a pensar e cheguei à conclusão que lá deviam pôr sal na comida, só podia ser isso, e hoje não fui de modas, fiz a pergunta fatídica!

E qual foi a resposta?

"Colocamos só umas pedrinhas! A sopa vem sem sal, mas a comida vem com um bocadinho de sal." E assim confirmei os meus receios!
Mais uma vez disse que não queria que as miúdas comessem sal antes dos dois anos, já que esta foi a indicação que a pediatra me deu e recebi de volta a indignação, "porque o meu filho sempre comeu e é um miúdo saudável, e porque a comida sem sal é horrível, e porque já disse para não colocarem tomate na comida da sala de um ano, e agora vou dizer para não colocarem sal, etc, etc, etc".
Eu sabia que isto ia ter aspectos negativos, eu até já estava à espera, eu até já sabia que os dois grandes focos seriam a alimentação e o colo excessivo...

Eu estou a cumprir o meu papel de mãe, quero o melhor para as minhas princesas, aceito, compreendo e defendo os princípios que a pediatra nos incutiu. A questão eterna é que não podemos educar apenas para o Agora, temos que ter uma visão mais abrangente, temos que educar vislumbrando o Futuro.

Nas nossas 24 horas diárias passamos por vários papéis, somos mulheres, mães, irmãs, filhas, amigas, profissionais, colegas, e por aí fora, e por vezes são as portas que passamos que nos instituem esse papel e há locais em que é bom que apenas um desses papéis vigore, aquele que é preponderante, de modo a que saibamos separar as águas.

Acredito que todas as batalhas que vou travar tragam consequências pessoais. É pena, é! Mas não me vou calar. Ali sou mãe, e é exclusivamente como mãe que falo. Tenho os meus princípios educativos que pretendo manter e levar a bom porto. Sei que provavelmente não ganharei nenhuma destas batalhas e que a guerra ultrapassará portas. Tenho pena, tenho! Mas são as minhas filhas, e todas as mães fazem o melhor pelos seus filhos, certo?

domingo, 12 de setembro de 2010

Actualização das feijocas


Fomos à pediatra e o veredicto é este:
I - 9,190 kg; 76 cm
S - 9,250 kg; 76 cm
Baixaram o percentil 50 (quanto ao peso), mas nada de preocupante.
A S vai fazer um tratamento de 14 dias para a suposta rinite (o raio da miúda herdou o pacote inteiro, para além do nariz também herdou os problemas de rinite da mãe!).
As cachopas desarrumaram o consultório todo e revelaram que são de ideias fixas. Eu passei a consulta toda de cu para o ar a tentar que elas não descolassem as fotografias do mural de parede e depois a arrumar os brinquedos todos.
E no final... dá cá 120 euricos e não digas que vais daqui!
Ai! Isto de ter uma renda a dobrar custa, ai se custa!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

E hoje foi o dia...


... em que a minha I, assim que a tirei do marsupial e a coloquei no tapete, começou a chorar e a agarrar-se às minhas pernas! A miúda não é estúpida e já percebeu a rotina, agora vamos ver se esta cena tem ou não cenas dos próximos capítulos!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Uma dentada


Pois que hoje a minha S levou uma dentada de um menino mais novo que ela, mas que tem quase o dobro do seu tamanho! Parece que andavam os dois aos beijos e abraços e às tantas, o rapaz não foi de modas, pregou-lhe uma dentada na bochecha e a miúda ficou com a marca dos dentes dele e tudo.
Esta catraia está a descobrir o sexo oposto, é o que é, no entanto, não tem tido muita sorte... O do primeiro dia deve-lhe ter dado com os pés, porque eu nunca mais ouvi falar dele, e o de hoje dá-lhe uma dentada! Isto não está nada bem, não está não!
Qualquer dia a rapariga vinga-se e desata às dentadas a todos!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Começou o dia-a-dia

Não sei como é que vou ter tempo para tudo!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Segundo dia no infantário

Pois... hoje foi um bocadinho pior!...

Quando me vim embora a I. ficou a olhar para mim com aquele olhar...
Quando cheguei vieram as duas a correr-gatinhar até à cancela, como não me conseguiram abraçar logo, desataram as duas a chorar depois quando nos abraçámos a S. acabou por acalmar, mas a I. continuou com o berreiro. Quando lhe passou, permaneceu abraçada a mim com toda a força durante uns quinze minutos, enquanto a irmã andava de gatas e a pôr-se em pé em todo o lado (principalmente junto ao fogãozito que lá têm. É mesmo gaja!).
Finalmente conheci o tal moçoilo com quem a S. andou aos beijos e abraços ontem! A miúda é esperta, sim senhor! É o mais giro de todos! Vai ser fresca, vai!

Hoje experimentei uma nova estratégia de ida e volta. Decidi colocar uma no marsupial e levar a outra ao colo e, exceptuando as chapadonas que a que vai no marsupial leva da outra, a coisa até nem correu mal. Conselho prático - nunca comprar um marsupial que sustente o peso da criança no nosso pescoço. É de bradar aos céus, mas como os trajectos não são assim tão grandes, parece-me que prefiro este método ao outro do carrinho bengala.

Relatório feito!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Primeiro dia no infantário


Ontem foi a minha primeira Reunião de Pais/Encarregados de Educação (pomposo, não?) e percebi que a partir de ontem o meu nome passou a ser "Mãe", esqueçam lá o que diz no bilhete de identidade, era "Mãe" para aqui, "Mãe" para ali, enfim, de um momento para o outro o nome que nos acompanhou durante uma vida deixou de existir!

Passando à frente.

Fiquei um pouco, digamos, escandalizada com a postura de algumas mães pela sua ansiedade, preocupação e até pânico por deixarem os filhos no infantário. É claro que não é fácil, mas é preciso ter calma e perceber que o contacto com outras crianças e adultos só lhes vai fazer bem, só lhes vai permitir um maior desenvolvimento.
Confesso que a minha grande preocupação é toda a logística até as deixar no infantário e o regresso a casa, porque viver num prédio que não tem rampas de acesso, sem garagem e cujo elevador é minúsculo, não cabendo o carrinho-bengala de gémeos (que é o mais pequeno), é que é complicado. De manhã ainda tive a ajuda do pai que levou uma das feijocas para o carro, mas agora (sim, porque eu decidi sair mais cedo do trabalho, reivindicando os direitos de mãe e acenando com as pedagogias que fazem bandeira lá no estaminé) a estratégia foi estacionar o carro à porta do prédio, tirar o carrinho e montá-lo dentro do hall de entrada do prédio (depois das escadas, logicamente) e ir buscar as princesas uma a uma (são duas, não é verdade) ao carro, depositando-as no carrinho-bengala, depois, encolhi o carrinho-bengala (como se o fosse fechar, mas com as feijocas lá dentro) e a custo lá entrou no elevador, quando cheguei à porta de casa entrei ainda com o carrinho encolhido e depois foi pô-las na cama para finalmente dormirem! Suei! E vou suar até elas começarem a andar! (Quem sabe se emagreço mais um bocadinho com estas andanças? Só me fazia bem!)

Avançando.

Doeu-me o coração ver que elas eram as primeiras meninas a chegar ao infantário. Coitadas das miúdas chegaram às 7h30! Para eu chegar a horas ao meu local de trabalho, terei que as deixar sempre a esta hora!
Não fiz qualquer tipo de despedida, limitei-me a pegar nelas e colocá-las no chão em cima do tapete ao pé do espelho (elas adoram espelhos) e fui-me embora, olhando apenas pelo cantinho do olho para ver o que elas estavam a fazer. Se as tivesse agarrado e dado mil beijos elas depois não me largavam, portanto foi melhor assim, quando elas se aperceberam já eu não estava lá e correu tudo bem.

Relatório da educadora.
Pelos vistos a minha I. estava cheia de sono (pudera!) e chorou até dormir uma sonequita, depois esteve bem, já a senhora dona S. parece que andou a manhã toda a rebolar-se no chão aos beijinhos e abraços a um menino da sua sala! Parece que foi amor à primeira vista! Estou feita com esta miúda! Tenho que lhe comprar uma trela e um cinto de castidade!

Hora de almoço
Cheguei ao infantário à hora de almoço. Tinha combinado ir lá dar o almoço às cachopas. Mal a I. me viu agarrou-se a mim e desatou num berreiro, a S. olhou para mim e sorriu, só choramingou quando eu lhe disse, com aquela voz, para ela não mexer no prato do menino que estava ao seu lado. Estive a dar a comidinha à I., com alguma dificuldade, pois a birra era grandita, e uma auxiliar deu à S.

Conclusões
Não há stress maternal.
A S. é uma atiradiça e uma "Maria vai com todos".
A I., que parece mais independente, é a mariquinhas de serviço.
As dores na coluna da "Mãe" pioraram substancialmente e têm tendência a piorar mais ainda!

Amanhã logo se vê.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Contagem decrescente


Ai! É já amanhã!

Ai!

sábado, 28 de agosto de 2010

... (15-Agosto-2010)

Há muito que o meu corpo não te pertence, mas por vezes, é o teu toque e o cheiro que é teu que me visita...

Joana Cato

Os livros que lemos


Não somos nós que encontramos os livros, eles é que nos encontram a nós!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Onde estamos?...







Onde é que nos perdemos?...







Onde é que ficámos que não nos conseguimos ver?...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Parabéns às Feijocas


As minhas feijoquitas fazem hoje 1 aninho!!!
Parabéns minhas malucas!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Férias em Lanzarote

De todas as Canárias, Lanzarote sempre foi a ilha que mais curiosidade me suscitou. Confesso, este sentimento devia-se exclusivamente ao facto de Saramago a ter escolhido para viver. Mais uma vez, o meu querido génio literário tinha razão. Lanzarote é lindíssima. Aquelas paisagens vulcânicas sem fim, aquele mar mais que transparente, aquela brisa ao final da tarde e sobretudo a preocupação pela preservação e embelezamento do património faz desta ilha uma pequena maravilha natural.


Vamos por partes.
1. - Avião
Estava com algum receio do comportamento das minhas feijocas no avião, mas elas portaram-se muito bem. Claro houve uma birrinha (que nem chegou a 5 minutos) na ida e uma no regresso, mas nada de anormal (coitadas das miúdas, passaram duas horas ao colo sem poderem fazer nada, até nós nos chateamos, quanto mais os bebés!).
Dica importante - dar sempre um biberão na descolagem e aterragem de forma a que a criança não sofra com a descompressão.

2. - Hotel
Não era excelente, mas também não era mau, era bonzinho e as pessoas simpáticas... bem, na verdade, seria difícil não serem simpáticas connosco, já que ter gémeos é sempre um motivo de embevecimento e conversa. Todas as pessoas já nos conheciam, cumprimentavam e metiam-se com as miúdas e elas o mesmo. As cachopas fizeram um sucesso, foi o que foi. A I. até arranjou um namoradinho espanholito (ai meu Deus!), passava o tempo das refeições a olhar e a sorrir para ele e a S. teve uma relação de amor-ódio com o nadador-salvador.! Definitivamente temos que comprar duas metralhadoras porque estas miúdas quando crescerem vão ser terríveis! As piscinas do hotel eram de água salgada, o que parecendo que não tem outro sabor!
Nota importantíssima - um dos recepcionistas (giro, mas giro, meu Deus tão giro! embora me parecesse que jogava no outro campo... que pena... ah, é verdade vivemos numa monogamia, não é? passemos à frente) sempre que falou connosco tentou fazê-lo em português e eu amei-o por isso! Um espanhol a tentar falar português é histórico!

3. - Praia
Ai que lindas! A praia em frente ao hotel era uma pequena baía linda de morrer! A água completamente transparente e quentinha. O mar calmo. Fomos conhecer todas as praias da Costa Teguise e eram igualmente maravilhosas. Fizemos aquele passeio marítimo todas as manhãs (e por isso não engordei mais, sim, porque aquele passeio há-de ter uns kilómetros, mais carregar-empurrar o carrinho das feijocas, que não é propriamente leve, sempre deu para abater as calorias ingeridas às refeições. Esta é a parte da qual não vou falar - as refeições e as asneiras que por lá fiz!)

As minhas feijocas adoram praia e areia, é vê-las a gatinhar pelo areal fora, a comer areia, enfim... as coisas habituais!


Dica importante - levar sempre o carrinho dos bebés para a areia de forma a que também os pais, à vez, claro, também possam ir ao banho e apanhar um pouco de sol, enquanto as crianças dormem ou brincam de modo seguro.

4. - Passeios
Alugámos um carro por um dia e conseguimos visitar todos os sítios que queríamos na costa oriental da ilha. Fomos aos Jameos del Água,


Cueva de los Verdes,



Fundación Manrique,



Playa Blanca (com Fuerteventura ao longe)



e Tías, mais propriamente a Casa de Saramago.





Amei todos estes sítios.

5. - Acessibilidades
Desenganemo-nos, não é só em Portugal que as acessibilidades deixam muito a desejar. Para entrarmos no elevador do hotel, nas portas, nas lojas, etc tínhamos sempre que "encolher" o carrinho das feijocas, caso contrário nada feito, isto para não falar das escadas que há por toda a parte o que nos obrigava a levar o carrinho em braços. Exercício físico, deve ser isso, querem que façamos exercício físico, por isso todas estas dificuldades!

E estou sem grande paciência para escrever mais sobre isto. As imagens e memórias ficarão gravadas cá dentro e afinal não foi tão difícil nem tão cansativo ir de férias com as duas feijocas, foi bastante bom até, provámos a nós e a outros que conseguimos, que podemos fazer as mesmas coisas e que ter filhos não é impeditivo de nada, podemos ter que contornar algumas coisas, mas não temos que deixar de as fazer.